O Delirium é uma síndrome neuropsiquiátrica de caráter agudo, súbito e flutuante. Caracterizada por declínio cognitivo global da atenção, nível de consciência; alterações motoras e do ciclo sono-vigília. Pode ser considerada como uma disfunção cerebral aguda.
As maiores taxas de incidência do delirium são encontradas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no pós operatório e na unidade de cuidados paliativos. Pacientes que desenvolvem delirium na UTI tem um risco 2-4 maior de morrer na hospitalização ou depois dela.
Quadro clínico
O quadro clínico do delirium é caracterizado por déficit de atenção, acompanhado de mudanças comportamentais e cognitivas, de curso limitado e originado por causas externas. Pode durar dias ou horas, entretanto, se não for identificado e tratado corretamente pode persistir por semanas ou meses.
É dividido de acordo com a atividade motora em delirium hipoativo, hiperativo ou misto.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico, baseado no quadro clínico.
O DSM-V traz alguns critérios para diagnosticar delirium:
A. Perturbação da atenção (i.e., capacidade reduzida para direcionar, focalizar, manter e mudar a atenção) e da consciência (menor orientação para o ambiente).
B. A perturbação se desenvolve em um período breve de tempo (normalmente de horas a poucos dias), representa uma mudança da atenção e da consciência basais e tende a oscilar quanto à gravidade ao longo de um dia.
C. Perturbação adicional na cognição (p. ex., déficit de memória, desorientação, linguagem, capacidade visuoespacial ou percepção).
D. As perturbações dos Critérios A e C não são mais bem explicadas por outro transtorno neurocognitivo preexistente, estabelecido ou em desenvolvimento e não ocorrem no contexto de um nível gravemente diminuído de estimulação, como no coma.
E. Há evidências a partir da história, do exame físico ou de achados laboratoriais de que a perturbação é uma consequência fisiológica direta de outra condição médica, intoxicação ou abstinência de substância (i.e., devido a uma droga de abuso ou a um medicamento), de exposição a uma toxina ou de que ela se deva a múltiplas etiologias
Tratamento
Pode ser realizado através de medidas farmacológicas e não farmacológicas. Segundo Dr. Breno Azevedo após o diagnóstico estabelecido as terapias são métodos de ajuda também, em termos de farmacologia estão indicados os antipsicóticos atípicos, esses prescritos de forma individual dependendo da avaliação realizada. Deixo essa breve leitura a vocês para irem sabendo o que seria, qual quadro, o que a pessoa sente ou seja os sintomas que apresentam e que existe tratamento para esses fins. Qualquer dúvidas estaremos à sua inteira disposição. Atenciosamente Dr. Breno Azevedo!