De maneira mais resumida, pode-se dizer que ele é um transtorno caracterizado por alguns comportamento mais agressivos (não necessariamente violência física), tais quais teimosia, desobediência, falta de controle e irritabilidade. Diante disso, é bastante importante saber como lidar com TOD infantil.
Dito isso, pode-se dizer que o transtorno se dá a partir de diversas idades, não tendo uma idade vista como regra para “aparecer”. Até porque, o período de amadurecimento envolve fases mais tranquilas e mais rebeldes. Dessa maneira, durante as fases rebeldes é possível que a criança tenha comportamentos que podem ser enquadrados como TOD. No entanto, o que geralmente pode ser um indício é a recorrência.
Isto é, se os comportamentos negativos apresentarem um padrão e persistirem por seis meses ou mais, há uma grande chance de se tratar de um caso de TOD. Aliás, outro ponto importante é que o comportamento é geralmente voltado para pessoas em situação de autoridade, ou seja, mãe, pai, avós e professores. Confira um rápida lista de alguns comportamentos mais comuns:
→ acessos de raiva e impaciência frequentes;
→ discussão excessiva;
→ não cumprir os pedidos e as regras dadas por adultos;
→ tentativas de irritar outras pessoas;
→ culpar os outros por seus erros ou mau comportamento;
→ se “fazer de dificil” (ser melindroso);
→ se irritar facilmente com os outros;
→ mágoa e ressentimento;
→ comportamento vingativo.
Posto isso, confira um pouco mais abaixo as 10 dicas de como lidar com TOD infantil e fique inteirado(a) no assunto!
10 dicas de como lidar com TOD infantil
1 → Seja um bom modelo
Por mais que eu esteja falando muito mais com terapeutas e psicólogos, a primeira dica vai para os responsáveis de uma maneira geral. Isto é, diminua as interações coercitivas com a criança. Quer dizer, não force ou obrigue a criança a fazer nada.
Nesse sentido, quando estiver dominado por emoções como raiva, frustração ou desapontamento, dê um tempo e tente não demonstrar para a criança. Os adultos devem servir de exemplo.
2 → Não contribua para o conflito
Bom, como quem convive com criança costuma saber, é bastante comum que as crianças queiram chamar atenção e imitar os adultos no dia a dia. Muitas vezes, tais comportamentos podem irritar, mas é fundamental que haja o diálogo.
Afinal, a conversa é uma das táticas consideradas adequadas, mas como muitas crianças com TOD possuem dificuldade para compreender e absorver instruções, isso pode demorar a surtir efeito.
3 → Encontre maneiras de elogiar e recompensar
Continuando com nossas dicas de como lidar com TOD infantil, uma das mais eficientes é elogiar e encontrar formas de recompensar o comportamento pró-social e não desafiador. Quer dizer, as condutas que forem consideradas adequadas devem ser elogiadas, justamente para que a criança compreenda que tipo de comportamento é adequado e qual não.
Nesse caso, é importante que os elogios sejam bem enfáticos e claros. Além disso, dar pequenas recompensas para a criança pode ajudá-la e incentivá-la a agir da maneira considerada adequada.
4 → Estabelecer limites razoáveis e adequados à idade
Como lidar com TOD infantil muitas vezes é algo cansativo, é claro que estabelecer limites também pode funcionar. Em linhas gerais, aplicar consequências para determinadas atitudes também é algo válido. A título de exemplo, ir tirando privilégios por atitudes consideradas desafiadoras é uma forma de lidar com o transtorno opositivo-desafiador.
5 → Suporte escolar e unidade com os pais
Enfim, como muitas crianças passam muitas vezes mais tempo na escola do que em casa ou em qualquer outro lugar, é importantíssimo que a escola dê o suporte necessário. Isso porque, além de deixar alguns comportamentos mais inseridos na rotina da criança, acontece de forma natural, sem que precise “forçar a barra”.
6 → Escolha suas batalhas com sabedoria.
Evite lutas de poder priorizando aquelas mais importantes para o aprendizado da criança. Isto é, nesse tópico é importante focar em tudo aquilo que pode “agravar” a postura da criança. Por exemplo, nunca use de agressividade e violência, já que é um comportamento completamente oposto ao que a criança precisa aprender. Isto é, você precisa repreender, mas sempre com sabedoria e tranquilidade.
7 → Terapia Cognitivo Comportamental (TCC)
Ainda nas dicas de como lidar com TOD infantil, podemos dizer que essa abordagem da psicologia é centrada em mudanças de comportamento. Em outras palavras, baseia-se em algumas técnicas de terapia comportamental que promovem o autocontrole e contribuem para reforçar as condutas desejadas.
Dessa forma, os pais e outros adultos que interagem com frequência com a criança devem modificar como se comportam. Sendo assim, muitas vezes a criança deixa de sentir que precisa reagir daquela maneira mais estourada, aprendendo comportamentos mais saudáveis e serenos.
8 → Supervisão com a psicóloga dos pais
Em se tratando de pais de filhos com TOD, é sempre importante dividir as experiências com um psicólogo. Desse modo, os terapeutas trabalham em conjunto com os pais – ou quem quer que seja o responsável, justamente para que a avaliação da mudança comportamental seja mais conclusiva.
Vale frisar também que, além dos pais irem aos psicólogo, também é interessante levar os filhos a um psicólogo infantil. Aliás, os terapeutas podem atuar de maneira eficiente e com mais conhecimento sobre o assunto.
9 → Gerencie o estresse e crie uma rede de apoio
Chegando ao fim de nossas dicas de como lidar com TOD infantil, essa aqui é bastante básica. Isso porque, não só quando se trata desse assunto, mas estar aberto à conversação é sempre válido. Dessa forma, converse com pais, professores e profissionais sobre os problemas e os avanços, justamente para trabalharem em equipe e conseguirem atingir o resultado esperado.
10 → Controle de emoções
Nessa última (mas não menos importante) dica de como lidar com TOD infantil, trabalhar as emoções é sempre algo importante e que pode colaborar. Isto é, ensinar a criança a respirar profundamente, contar de 1 a 10 antes de explodir, expressar o que sente em palavras e até mesmo pedir ajuda quando se sentir mal são alguns exemplos interessantes.