O hábito de fumar é reconhecido como uma doença epidêmica que causa dependência física, psicológica e comportamental semelhante ao que ocorre com o uso de outras drogas como álcool, cocaína e heroína. A dependência ocorre pela presença da nicotina nos produtos à base de tabaco. A dependência obriga os fumantes a inalarem mais de 4.720 substâncias tóxicas, como: monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína, além de 43 substâncias cancerígenas, sendo as principais: arsênio, níquel, benzopireno, cádmio, chumbo, resíduos de agrotóxicos e substâncias radioativas.
Quais são as doenças causadas pelo uso do cigarro?
São mais de 50 doenças relacionadas ao consumo de cigarro. Estatísticas revelam que os fumantes, comparados aos não fumantes, apresentam um risco 10 vezes maior de adoecer de câncer de pulmão, 5 vezes maior de sofrer infarto, 5 vezes maior de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar e 2 vezes maior de sofrer derrame cerebral.
Fumo passivo
Ao respirar a fumaça do cigarro, os não fumantes correm o risco de ter as mesmas doenças que o fumante. As crianças, especialmente as mais novas, são as mais prejudicadas, já que respiram mais rapidamente. Em crianças que vivem com fumantes em casa (cerca de metade das crianças do mundo), há um aumento de incidência de pneumonia, bronquite, agravamento de asma, além de uma maior probabilidade de desenvolvimento de doença cardiovascular na idade adulta.
Quais são os benefícios imediatos de se parar de fumar?
Após 20 minutos a pressão sangüínea e a pulsação voltam ao normal. Após 2 horas, não há mais nicotina circulando no sangue do fumante. Após 8 horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza. De 12 a 24 horas após o último cigarro, os pulmões já funcionam melhor.
E depois disso?
Após 2 dias, o olfato já percebe melhor o cheiro e o paladar já está mais sensível. Após 3 semanas, a respiração se torna mais fácil e a circulação melhora. Após 1 ano, o risco de morte por infarto já foi reduzido pela metade. De 5 a 10 anos depois de parar de fumar, o risco de infarto será igual ao de pessoas que nunca fumaram. Portanto, se você é fumante, pare de fumar, se convive com alguém que fume, ajude-o a vencer essa batalha!
Estudos demonstram que o melhor tratamento para a cessação do tabagismo consiste na combinação de aconselhamento comportamental com o uso de medicações que diminuam o desejo de fumar. A cessação do tabagismo está associada a grandes benefícios para a saúde dos fumantes. Pessoas que param de fumar vivem mais e tem menor probabilidade de desenvolver doenças relacionadas ao tabaco, como doença coronariana, pulmonar e câncer. Mesmo aqueles que já possuem doenças relacionadas ao tabagismo, são beneficiados com a ação de parar com o uso. Os pacientes precisam estar preparados para esse grande desafio. Além da força de vontade, mudar comportamentos associados ao hábito de fumar e criar estratégias para lidar com a fissura é essencial. Familiares e amigos também são importantes para apoiar e manter em alta a motivação.
Tratamento:
Consulta de Avaliação Clínica do Paciente:
Com o objetivo de elaborar um plano de
tratamento, o paciente deverá passar por uma consulta, antes de iniciar a abordagem intensiva. Nessa
consulta o profissional de saúde deverá avaliar a motivação do paciente em deixar de fumar,
seu nível de dependência física à nicotina, se há indicação e/ou contra-indicação de uso de
medicamentos, existência de co-morbidades psiquiátricas, e colher sua história clínica.
Todo paciente que estiver em uso de qualquer tipo de medicamento deverá ser
acompanhado em consultas subsequentes, pelo profissional de saúde que o prescreveu.
Abordagem Intensiva ao Tabagista:
A abordagem intensiva ao tabagista consiste em sessões individuais, ou em grupo de apoio entre 10 a
15 participantes, coordenados por 1 a 2 profissionais de saúde de nível superior de acordo com o
esquema abaixo:
- 4 sessões iniciais, estruturadas semanais, seguidas de:
- 2 sessões quinzenais, com os mesmos participantes, seguidas de:
- 1 reunião mensal aberta, com a participação de todos os grupos, para prevenção da recaída, até
completar 1 ano. - Tratamento Medicamentoso: Os medicamentos disponibilizados pelo Ministério da
Saúde para o tratamento do tabagismo na rede SUS são os seguintes: Terapia de Reposição
de Nicotina, através do adesivo transdérmico, goma de mascar e pastilha, e o Cloridrato de
Bupropiona. Não há ainda evidências suficientes para a preferência do Cloridrato de Bupropiona sobre
a Terapia de Reposição de Nicotina ou vice-versa. Por este motivo, a escolha entre os medicamentos
dependerá de preferências dos pacientes, incluindo posologia, facilidade de administração e a
consideração dos riscos de eventos adversos. Os esquemas terapêuticos podem ser utilizados isoladamente ou em combinação. O apoio medicamentoso, quando indicado, segue posologia
de acordo com o medicamento escolhido:
Terapia de Reposição de Nicotina (TRN): A reposição de nicotina poderá ser feita, segundo
critério clínico, utilizando-se goma de mascar de nicotina, pastilha de nicotina ou adesivo transdérmico
de nicotina. Todas as formas de TRN são eficazes na cessação do tabagismo, podendo praticamente
dobrar a taxa de cessação no longo prazo quando comparadas ao placebo. (35)
Goma de Mascar de Nicotina: Trata-se de um resinato que deve ser mascado com força
várias vezes. Sua absorção ocorre pela mucosa oral, não é contínua, e sim em picos, variando com a
força da mastigação, e leva entre 2 a 3 minutos para a nicotina atingir o cérebro.
a – Apresentação: goma de mascar em tabletes com 2 mg de nicotina
b – Posologia:
Semana 1 a 4 : 1 tablete a cada 1 a 2 horas (máximo 15 tabletes por dia);
Semana 5 a 8: 1 tablete a cada 2 a 4 horas;
Semana 9 a 12: 1 tablete a cada 4 a 8 horas.
Duração total do tratamento: 12 semanas.
c – Orientações para o uso da goma de mascar de nicotina:
Mascar um tablete por vez, nos intervalos estabelecidos. Para que medicamento
seja eficaz, o paciente deve ser orientado a mascar a goma com força algumas vezes até sentir o sabor
de tabaco. Nesse momento ele deverá parar de mastigar e repousar a goma entre a bochecha e a
gengiva por alguns minutos para, em seguida, voltar a mastigar com força, repetindo esta operação
por 30 minutos, após os quais poderá jogar fora a goma de mascar. Também deverá ser orientado a
não ingerir nenhum líquido, mesmo que seja água, durante a mastigação da goma. A dose máxima
recomendada é de 15 gomas de 2 mg por dia. Os pacientes devem ser orientados a não fumar após o
início do medicamento. A dispensação desse medicamento deve ocorrer mediante prescrição.
Pastilha de Nicotina: Trata-se de pastilhas em tabletes que dissolvem na boca
completamente entre 20 a 30 minutos. Sua absorção ocorre pela mucosa oral, sendo que 100% da
nicotina é absorvida. Caso seja deglutida há absorção de 80% a 93% da nicotina.
a – Apresentação: pastilha em tabletes de 2mg de nicotina.
b – Posologia:
Semana 1 a 4: 1 pastilha a cada 1 a 2 horas (máximo de 15 pastilhas por dia).
Semana 5 a 8: 1 pastilha a cada 2 a 4 horas.
Semana 9 a 12: 1 pastilha a cada 4 a 8 horas.
Duração total do tratamento: 12 semanas.
c – Orientações para o uso da pastilha de nicotina:
Mover uma pastilha de um lado para o outro da boca, repetidamente, até que esteja totalmente
dissolvida nos intervalos estabelecidos na alínea “b” supra. Essa operação deverá ocorrer entre 20 a 30
minutos. Evitar morder a pastilha durante o uso. Da mesma forma, deve-se evitar comer ou beber
enquanto estiver com a pastilha na boca, para não interferir na absorção de nicotina. A dose máxima
recomendada é de 15 pastilhas de 2mg por dia. Os pacientes devem ser orientados a não fumar após o
início do medicamento. A dispensação desse medicamento deve ocorrer mediante prescrição.
Adesivo Transdérmico de Nicotina: Consiste num adesivo que deve ser fixado na pele,
trocado a cada 24 horas. A nicotina é absorvida pela derme, apresentando liberação lenta e contínua
na corrente sanguínea. A sua concentração máxima é atingida entre 5 a 10h após a aplicação do
adesivo. Ao final de 24h há uma absorção de 75% do total de nicotina do adesivo.
a – Apresentações:
adesivos transdérmicos de nicotina com liberação de 7 mg, 14 mg e 21 mg em 24hs.
b – Posologia:
b.1 – Pacientes em uso entre 8 a 10, e/ou tabagista de mais de 20 cigarros
por dia, utilizar o seguinte esquema:
Semana 1 a 4: adesivo de 21mg a cada 24 horas;
Semana 5 a 8: adesivo de 14mg a cada 24 horas;
Semana 9 a 12: adesivo de 7mg a cada 24 horas.
Duração total do tratamento: 12 semanas.
b.2 – Pacientes em uso entre 5 a 7, e/ou tabagista de 10 a 20 cigarros por
dia e que fumam seu 1º cigarro nos primeiros 30 minutos após acordar, utilizar o seguinte esquema:
Semana 1 a 4: adesivo de 14mg a cada 24 horas;
Semana 5 a 8: adesivo de 7mg a cada 24 horas.
Duração total do tratamento: 8 semanas.
c – Orientações para o uso do adesivo de nicotina:
O adesivo deve ser aplicado na pele, fazendo um rodízio do local da aplicação a cada 24 horas. Na
mulher, evitar colocá-lo no seio, e no homem, evitar colocá-lo em região que apresente pelos. A região
deve estar protegida da exposição direta do sol, porém, não há restrição quanto ao uso na água. Deve-se parar de fumar ao iniciar o medicamento, devido à possibilidade de intoxicação nicotínica, que
embora rara em adultos, pode ocorrer quando os indivíduos que usam o adesivo continuam fumando
Já a medicação e dispensação da medicação só pode ocorrer com o Médico que seria a Bupropiona também ornecida pelo SUS com esse propósito de cessar o tabagismo apenas.
Quer parar de fumar nos procure, que daremos maiores e o melhor tratamento individual para lhe ajudar a vencer esse mal que mata mais de 200mil pessoas apenas no Brasil, eu Dr. Breno Azevedo darei o melhor para você em termos de terapias atuais.